Presente em nossas vidas desde o momento do nascimento, as vacinas são de muita importância para proteger nosso organismo de doenças como o Sarampo, Hepatite, Rubéola, Caxumba, Catapora, entre outras.
É muito melhor e mais fácil prevenir uma doença do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem. Elas protegem o corpo humano contra os vírus e bactérias que provocam vários tipos de doenças graves, que podem afetar seriamente a saúde.
A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também ajuda a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficarem protegidas, menor é a chance de qualquer uma delas – vacinada ou não – seja contaminada.
Atualmente, o Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população, disponibilizando mais de 300 milhões de doses anuais de imunobiológicos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas.
96% das vacinas oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) são produzidas no Brasil ou estão em processo de transferência. Isso porque o país tem um parque produtor de vacinas e imunobiológicos. Um importante patrimônio do país que o coloca em situação privilegiada e vantajosa em relação a outros países do mundo, e ainda possibilita o desenvolvimento científico e tecnológico.
O país também alcançou a erradicação da poliomielite e da varíola, e a eliminação da circulação do vírus autóctone do sarampo, desde 2000, e da rubéola, desde 2009. Também foi registrada queda acentuada nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras.
Embora o Brasil tenha um dos mais reconhecidos programas públicos de vacinação do mundo, com os principais imunizantes disponíveis a todos gratuitamente, vêm ganhando força no País grupos que se recusam a vacinar os filhos ou a si próprios.
Esses movimentos estão sendo apontados como um dos principais fatores responsáveis pela volta de doenças erradicadas há tempos, como o sarampo. Os grupos são impulsionados por meio de páginas temáticas no Facebook que divulgam, sem base científica, supostos efeitos colaterais das vacinas.
O avanço desses movimentos já preocupa o Ministério da Saúde, que observa queda no índice de cobertura de alguns imunizantes oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, por exemplo, a cobertura da segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, teve adesão de apenas 76,7% do público-alvo.
É importante destacar que as vacinas não são necessárias apenas na infância. Os idosos precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano, e as mulheres em idade fértil devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês. Os profissionais de saúde, as pessoas que viajam muito e outros grupos de pessoas, com características específicas, também têm recomendações para tomarem certas vacinas.
Os riscos de não cumprir o calendário de vacinação de crianças e adultos podem ser de sequelas graves e até a morte, para quem não toma a vacina e também para vítimas de doenças que haviam sumido.
Vacinar seu filho é a melhor forma de protegê-lo de doenças graves. Confira a relação das vacinas:
Públicas (PNI): BCG / Hepatite B
O que o esquema particular (SBP) tem de diferente: Nada.
BCG: Dose única dada no primeiro mês depois de nascimento, em bebês com mais de 2 kg, que protege contra as formas mais graves de tuberculose. Dada gratuitamente em postos de saúde e maternidades públicas, e disponível para aplicação nas maternidades privadas. Se a cicatriz não se formar, recomenda-se uma segunda dose após 6 meses.
Modo de aplicação: Picada no braço direito (aplicação intradérmica). A ferida que se forma é normal e esperada, podendo também gerar uma secreção parecida com pus. Vai formar uma cicatriz. Qualquer lesão mais significativa deve ser avaliada pelo pediatra.
Hepatite B: Primeira dose do total de três ou quatro, dependendo do tipo. É recomendável a aplicação nas primeiras 12 horas de vida, na maternidade, ou então logo depois da alta. É gratuita em maternidades públicas e postos de saúde. Quando a mãe é portadora do vírus da hepatite B, a vacina é dada logo depois do nascimento, junto com a imunoglobulina específica contra hepatite B — quanto antes melhor.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).
Públicas: Pentavalente brasileira (DTP + Hib + hepatite B) / pólio inativada / Rotavírus monovalente / Pneumocócica conjugada 10-valente
O que o esquema particular tem de diferente: Existe a versão acelular da DTP (DTPa), que dá menos reação, e que inclui a pólio, eliminando uma picada (e por isso chamada de hexavalente). Há uma vacina para o rotavírus que protege contra cinco tipos do vírus, em vez de um só, mas se se aplica a rotavírus pentavalente serão necessárias três doses, em vez de duas. E existe uma pneumocócica que protege contra 13 tipos da bactéria, em vez de 10.
Pentavalente brasileira (DTP + Hib + hepatite B): Primeira dose. Contra difteria, tétano, coqueluche, infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b (como meningite, pneumonia e outras) e segunda dose contra a hepatite B. É gratuita em postos de saúde.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).
Pólio inativada: Primeira dose. Previne a poliomielite, ou paralisia infantil. A vacina dada gratuitamente nos postos de saúde substituiu a versão oral (VOP ou Sabin) pela injetável. Nos laboratórios particulares a VIP (forma injetável) faz parte da pentavalente e da hexavalente, o que economiza uma picada na criança.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa.
Rotavírus: Primeira dose. Evita infecções pelo rotavírus, que causa vômito e diarreia e pode levar à desidratação. A vacina monovalente é dada de graça nos postos de saúde. Na rede particular, também existe uma versão que protege contra mais tipos de vírus, também oral, mas o esquema completo será de três doses, em vez de duas.
Modo de aplicação: gotinhas.
Pneumocócica conjugada: Primeira dose. Evita alguns tipos de pneumonia, meningites e outras doenças causadas pela bactéria pneumococo. Passou a fazer parte do Programa Nacional de Imunizações em 2010, portanto é gratuita. A da rede pública é contra 10 tipos da bactéria. Na rede particular existe uma versão que evita 13 tipos da bactéria (13-valente).
Modo de aplicação: picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).
Pública: Meningococo C conjugada
Particular: Meningococo B
O que o esquema particular tem de diferente: Além da vacina contra meningococo C, inclui a vacina contra o meningococo B, que causa meningite grave.
Meningococo C conjugada: Primeira dose. Protege contra a meningite e outras doenças disseminadas pela bactéria meningococo C.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).>
Meningococo B: Primeira dose. Protege contra a meningite e outras infecções disseminadas graves provocadas pela bactéria meningococo tipo B.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Públicas: Pentavalente brasileira (DTP + Hib + hepatite B) / Pólio inativada / Rotavírus oral / Pneumocócica conjugada 10-valente
O que o esquema particular tem de diferente: Opção de usar a versão acelular da DTP (DTPa), que causa menos reação, e já inclui a pólio inativada na mesma picada. Essa versão de pentavalente (DTPa, Hib, pólio inativada-IPV) é diferente da pentavalente brasileira, usada nos postos de saúde, que não contém a vacina contra pólio, e sim uma dose extra de vacina contra hepatite B. Novamente, existe uma vacina contra rotavírus que inclui 5 tipos do vírus, em vez de um só, e há uma opção da pneumocócica contra 13 tipos da bactéria, em vez de dez.
Observação: Segunda dose das vacinas aplicadas aos 2 meses. Se o bebê teve reação ou ficou incomodado quando recebeu estas vacinas aos 2 meses, não necessariamente o problema se repetirá, mas é possível que aconteça. Siga as orientações do pediatra.
Pentavalente (DTP + Hib + hepatite B): Segunda dose. Contra difteria, tétano, coqueluche, infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b e contra a hepatite B. É gratuita em postos de saúde.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).
Pólio inativada: Segunda dose. Previne a poliomielite (paralisia infantil). Substituiu a da gotinha, que era a Sabin, pela forma injetável. Na rede particular, pode ser dada junto com a DTPa + Hib (pentavalente), o que economiza uma picada na criança.
Modo de aplicação: Aplicada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Rotavírus: Segunda dose. Evita infecções pelo rotavírus que causa vômito e diarreia. É dada de graça nos postos de saúde (esquema total de duas doses, aos 2 e 4 meses). Na rede particular, existe uma versão que protege contra mais tipos de vírus, mas o esquema completo será de três doses (aos 2, 4 e 6 meses). É preciso repetir a mesma versão de vacina entre a primeira e a segunda dose.
Modo de aplicação: gotinha (via oral).
Pneumocócica: Segunda dose. Previne alguns tipos de pneumonia, meningite e infecções causadas pela bactéria pneumococo. Passou a fazer parte do Programa Nacional de Imunizações em 2010. A da rede pública protege contra 10 tipos de bactéria. Na rede particular existe uma versão que protege contra até 13 tipos. Como existe mais de um tipo, é preciso dar o mesmo tipo da primeira dose (atenção se tiver dado a primeira dose na rede privada e quiser passar para a particular, ou vice-versa).
Modo de aplicação: picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).
Pública: Meningococo C conjugada
Particular: Meningococo B
O que o esquema particular tem de diferente: Além da vacina contra o meningococo C, inclui a vacina contra meningococo B.
Meningococo C conjugada: Segunda dose. Protege contra a meningite e outras infecções graves, como no sangue.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa.
Meningococo B: Segunda dose. Protege contra a meningite e outras infecções graves provocadas pela bactéria meningococo tipo B.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Públicas: Pentavalente brasileira (DTP + Hib + hepatite B) / Pólio (VIP) / Gripe (no outono)
O que o esquema particular tem de diferente: Opção particular: A versão acelular da DTP (DTPa) dá menos reação. Também existe uma versão que junta a pentavalente semelhante à dada pelo governo com a pólio inativada, formando a hexavalente. A vacina contra rotavírus (terceira dose) tem uma versão mais completa.
Observação: Terceira dose das vacinas aplicadas aos 2 e 4 meses, mais a terceira dose da hepatite B. Se, com alguma dose anterior, o bebê teve reação ou ficou incomodado, não necessariamente isso acontecerá de novo, mas pode ocorrer. Siga as orientações do pediatra.
DTP + Hib + hepatite B: Terceira dose. Contra difteria, tétano, coqueluche, infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B (quarta dose). É gratuita em postos de saúde. Os especialistas da Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam, no entanto, quando possível, a versão acelular (DTPa), por ter menos risco de efeitos colaterais. Essa versão está disponível na rede particular. Não é obrigatório usar o mesmo tipo de formulação das doses anteriores.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).
Pólio: Terceira dose. Previne a poliomielite (paralisia infantil). A vacina dada gratuitamente nos postos de saúde é injetável (VIP). Pode ser dada na rede particular, junto com a DTPa + Hib + hepatite B, formando a hexavalente.
Modo de aplicação: É aplicada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Rotavírus: Terceira dose, prevista apenas no esquema de vacinação da rede particular (pentavalente, com esquema completo de três doses, aos 2, 4 e 6 meses). É obrigatória se criança tomou as duas primeiras doses da pentavalente.
Modo de aplicação: gotinhas.
Gripe: A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a aplicação da vacina contra a gripe (influenza) todos os anos para crianças de 6 meses a 5 anos. A cada ano o Ministério da Saúde oferece atualmente a vacina gratuitamente para essa faixa etária. A vacina da gripe deve ser aplicada de preferência durante o outono. Na primeira vez que a criança toma a vacina da gripe, são necessárias duas doses, com intervalo de um mês. É preciso reaplicar a vacina todo ano, porque todo ano o vírus muda.
Particular: Meningococo B
O que o esquema particular tem de diferente: Só é vacinado aos 7 meses o bebê que está fazendo a imunização contra o meningococo B no esquema particular. Não há vacinas públicas programadas.
Meningococo B: Terceira dose. Protege contra a meningite e infecções graves provocadas pela bactéria meningococo tipo B.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Pública: Febre amarela
O que o esquema particular tem de diferente: Nada.
Febre amarela: Dose única da vacina contra o vírus da febre amarela para crianças residentes em áreas consideradas de risco, ou que se dirijam a elas. Estados em que se recomenda a vacinação: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão, Rio de Janeiro, partes dos Estados de São Paulo, Bahia, Paraná, Piauí, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Informe-se com o pediatra ou na unidade básica de saúde. Dada gratuitamente nos postos de saúde. Também disponível na rede particular.
Modo de aplicação: Picada subcutânea (com agulha curtinha) normalmente no braço, mas pode ser no bumbum ou na lateral da coxa.
Públicas: Pneumocócica / Tríplice viral / Meningococo C
Particular: Hepatite A / Meningococo B / meningocócica conjugada ACWY
O que o esquema particular tem de diferente: Tem uma dose a mais da vacina contra catapora, sendo a primeira com 1 ano e a segunda com 1 ano e 3 meses. No esquema gratuito, a vacina contra catapora é dada apenas com 1 ano e 3 meses. No esquema particular, a vacina contra hepatite A é dada em duas doses, uma agora e uma depois de 6 meses. No público, ela é dada em dose única. No esquema particular, já se recomenda a vacinação com a meningocócica (em versão conjugada, ACWY, mais completa, a partir de 1 ano) e a pneumocócica (também disponível em versão mais completa, no reforço a partir de 1 ano).
Por fim, o calendário particular inclui o reforço da vacina contra meningococo B.
Tríplice viral (SRC, ou MMR): Primeira dose. Protege contra rubéola, sarampo e caxumba. Faz parte do calendário do Ministério da Saúde, portanto é aplicada gratuitamente nas unidades básicas de saúde. Também disponível na rede particular.
Modo de aplicação: Picada subcutânea (agulha curtinha) preferencialmente no braço.
Catapora (Varicela): Primeira dose de duas. Pode ser dada em uma picada isolada, no mesmo dia que a tríplice viral, ou na mesma picada, na quádrupla viral. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, observou-se que na versão com duas picadas separadas houve menos ocorrência de febre como efeito colateral. No Programa de Nacional de Imunizações é dada dentro da quádrupla viral, com aplicação única com 1 ano e 3 meses.
Modo de aplicação: Picada subcutânea (com agulha curtinha) normalmente no braço.
Hepatite A: No esquema público, dada em dose única, aos 15 meses. No particular, é dada em duas doses. O esquema sugerido é com 1 ano, mas o início pode ser adiado por alguns meses para dividir o número de aplicações. A segunda dose, no esquema particular, é dada seis meses depois da primeira.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Meningococo C conjugada: Dose de reforço. Protege contra a meningite e outras doenças disseminadas pela bactéria meningococo C. A SBP recomenda o uso da versão conjugada, ACWY, mais completa.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Pneumocócica conjugada: Dose de reforço, segundo o calendário do Programa Nacional de Imunizações. Pode ser aplicada a qualquer momento entre 1 (preferencialmente) e 4 anos, mas a versão gratuita é dada com 1 ano. Em São Paulo, os postos de saúde a aplicam com 1 ano e 3 meses. Não há problema se houver diferença entre o tipo de vacina das primeiras doses e do reforço (10-valente ou 13-valente).
Modo de aplicação: picada no músculo lateral da perna, ou às vezes no bumbum.
Obs: Como são várias imunizações com 1 ano, o pediatra pode preferir dividir a imunização nos meses seguintes.
Públicas: DTP / Pólio (gotinha) / Quádrupla viral (incluindo varicela)/Hepatite A. Em São Paulo, o reforço é da pneumocócica, pois a meningocócica é dada com 1 ano.
O que o esquema particular tem de diferente: Há a opção de usar a versão acelular da DTP (DTPa), que dá menos reação. Esta versão pode incluir um reforço de Hib e de pólio inativada, tudo na mesma picada, como recomenda a Sociedade Brasileira de Pediatria, enquanto na rede pública a DTP é dada isolada. O reforço da meningocócica C pode ser substituído pela meningocócica ACWY.
DTP (tríplice bacteriana): Dose de reforço. Contra difteria, tétano, coqueluche. É gratuita em postos de saúde. Os especialistas recomendam a versão tríplice acelular (DTPa), por ter menos risco de efeitos colaterais. Essa formulação não é encontrada de rotina nos postos de saúde. Não há obrigatoriedade de usar a mesma formulação das doses anteriores, elas são intercambiáveis.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).
Pólio: Dose de reforço. Previne a poliomielite (paralisia infantil). A vacina de reforço dada gratuitamente nos postos de saúde continua sendo a oral (VOP, ou Sabin), a da gotinha, embora ela possa ser dada também na forma inativada, em combinação com a DTPa com Hib, todas na mesma agulhada.
Modo de aplicação: A Sabin é oral, em forma de gotinhas. Já a Salk (VIP ou inativada) é dada junto com outras vacinas na formulação pentavalente, aplicada na parte lateral da coxa (intramuscular).
Hib: Dose de reforço contra infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b. A dose de reforço é recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria no caso de aos 2, 4 e 6 meses a criança ter tomado a vacina combinada com a DTPa. Nesse caso o reforço vai dentro da vacina pentavalente (pólio inativada + DTPa + Hib), aplicada normalmente em clínicas particulares. Esse reforço da Hib não faz parte do Programa Nacional de Imunizações.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa ou do bumbum (intramuscular).
Quadriviral: Protege contra rubéola, sarampo, caxumba e catapora. É aplicada gratuitamente nas unidades básicas de saúde. Na segunda dose não há diferença nas reações dando-se a quadriviral (como na rede pública) ou dando-se a tríplice viral mais a varicela, em picadas diferentes (como há opção na rede particular). Por isso, mesmo na rede particular, costuma-se usar a quadriviral.
Modo de aplicação: Picada subcutânea (agulha curtinha) preferencialmente no braço.
Meningococo B: Dose de reforço, disponível apenas na rede particular. Protege contra a meningite e outras doenças graves provocadas pela bactéria meningococo tipo B. Crianças que não tenham recebido as primeiras doses ao longo do primeiro ano de vida precisam tomar duas doses, com um intervalo mínimo de 2 meses entre elas.
Hepatite A: No calendário do governo, é dada em dose única aos 15 meses.
Modo de aplicação: picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Particular: Hepatite A
Hepatite A: Segunda dose. No calendário do governo, é dada em dose única, entre 1 e 2 anos. No esquema particular, a segunda dose é aplicada seis meses depois da primeira, e alguns pediatras preferem fazer o esquema um pouco mais tarde (intervalo entre 6 e 12 meses).
Modo de aplicação: picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Pública: DTP.
Particular: DTPa, reforço da pólio e reforço na meningocócica C (ou ACWY)
O que o esquema particular tem de diferente: Versão acelular da DTP, que dá menos reação (DTPa), e um reforço da pólio, em forma de gotinha ou na forma inativada, na mesma picada da tríplice. O reforço da meningocócica C só está previsto na rede particular, aos 4 anos.
DTP (tríplice bacteriana): Segunda dose de reforço. Contra difteria, tétano, coqueluche. É gratuita em postos de saúde. Os especialistas da Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a versão da tríplice acelular (DTPa), por ter menos risco de efeitos colaterais. Não é obrigatório tomar o mesmo tipo das doses anteriores.
Modo de aplicação: Picada intramuscular, que pode ser no braço, glúteo (bumbum) ou parte lateral da coxa.
Pólio: Dose de reforço, recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Pode ser aplicada em combinação com a DTPa (tetravalente), ou então na forma oral. Recomenda-se que as crianças recebam a vacina oral nas campanhas de vacinação, desde que já tenham tomado duas doses da vacina inativada (aos 2 e 4 meses).
Modo de aplicação: A vacina Sabin é oral, em forma de gotinhas. Já a VIP é dada em conjunção com a DTPa, com a mesma picada no músculo da lateral da coxa.
Meningocócica C conjugada ou ACWY: Reforço contra meningite e outras doenças, recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. A versão ACWY é mais completa. Enquanto a SBP recomenda dois reforços, um com 4 anos e outro com 11, o Programa Nacional de Imunização está incluindo gradativamente um único reforço, atualmente com 12 e 13 anos, da meningocócica C.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).
Pública: HPV quadrivalente para meninas. Para meninos a idade está sendo escalonada, começando com 11 anos em 2017.
Particular: HPV quadrivalente para meninos fora da faixa etária incluída na regra de transição.
O que o esquema particular tem de diferente: O calendário gratuito do SUS está incluindo os meninos aos poucos. Meninos fora da faixa etária contemplada (de 11 a 15 anos incompletos) só podem tomar a versão particular. Em algumas clínicas particulares há uma vacina menos abrangente, contra dois tipos de vírus, e não quatro. Nas particulares, o esquema de doses é diferente.
HPV: Vacina contra o papilomavírus humano (HPV), vírus que pode levar a alguns tipos de câncer. São duas doses: na rede pública a segunda dose é dada 6 meses depois da primeira. Dada gratuitamente nos postos de saúde. Na rede particular, dependendo da idade, a segunda dose é dada 2 meses depois da primeira, e a terceira, 6 meses depois da primeira.
Modo de aplicação: Picada no músculo do braço ou da coxa.
Pública: HPV quadrivalente para meninos (a idade está sendo ajustada aos poucos até ser uniformizada aos 9 anos, como as meninas). Meninos de até 15 anos incompletos também podem tomar a vacina.
Particular: Meningocócica ACWY
O que o esquema particular tem de diferente: Na rede particular o esquema de doses da vacinação contra HPV pode ser diferente, e existe uma vacina que imuniza contra apenas dois tipos de vírus, em vez de quatro, como a do SUS. Apenas na rede particular está disponível o reforço da versão mais completa da vacina contra o meningococo C (ACWY). Os reforços são recomendados aos 4 e 11 anos. Na rede pública, esse reforço, com a vacina mais simples, está sendo incluído gradativamente, para crianças de 12 e 13 anos.
HPV: Vacina contra o papilomavírus humano (HPV), vírus que pode levar a alguns tipos de câncer. São duas doses: na rede pública a segunda dose é dada 6 meses depois da primeira. Dada gratuitamente nos postos de saúde. Na rede particular, o esquema de doses pode ser diferente.
Modo de aplicação: Picada no músculo do braço ou da coxa.
Meningocócica ACWY: Segundo reforço da meningocócica recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Abrange 4 sorogrupos da bactéria. Enquanto a SBP recomenda dois reforços da imunização contra meningite C, aos 4 e aos 11 anos, o Programa Nacional de Imunizações está incluindo gradativamente um único reforço, atualmente com 12 ou 13 anos, da versão menos abrangente, a meningocócica C.
Modo de aplicação: Intramuscular, de preferência no braço.
Pública: Reforço da meningocócica C (meninos e meninas)
Meningocócica C: Reforço da meningocócica C aplicada, no Programa Nacional de Imunizações, aos 3, 5 e 12 meses. Esse reforço está sendo introduzido aos poucos, e a previsão é de que a idade vá recuando até chegar aos 9 anos. No esquema particular, são previstos dois reforços, um aos 4 e outro aos 11 anos, com uma versão mais completa da vacina, a ACWY.
É comum pensar em crianças quando o assunto é vacina, mas elas devem ser tomadas também na idade adulta, para complementar doses já aplicadas, evitar a transmissão de doenças e envelhecer com saúde.
As mulheres grávidas devem ter uma atenção especial para a vacinação. Neste período a mulher deve tomar a vacina contra difteria e tétano. O medicamento é aplicado por injeção via intramuscular, no braço ou lateral da coxa.
A vacina deve ser aplicada em gestantes que não estão em dia com a vacinação, já que ela é recomendada para todas as mulheres de 12 a 49 anos de idade. Durante a gravidez, a mulher deve tomar duas doses do medicamento.
É importante consultar o ginecologista, durante o pré-natal. A mulher deve calcular o período da gravidez, já que a segunda dose deve ser aplicada, no máximo, 30 dias antes do parto. Essa medida irá proteger o bebê contra o tétano neonatal, doença popularmente conhecida como o mal dos sete dias. Já a mulher ficará imune ao tétano.
Após o parto, a mulher ainda deve tomar uma terceira dose da vacina. Por isso, é importante fazer uma visita ao posto de saúde após o nascimento do filho.
Gestantes com a vacinação em dia devem tomar apenas uma dose de reforço, isso se a última dose tiver sido aplicada há mais de cinco anos. Mulheres com o medicamento em dia, e com a última dose aplicada há menos de cinco anos, estão protegidas – assim como os bebês. Mas devem tomar um reforço a cada 10 anos.
O tétano neonatal é uma doença infecciosa. Essa infecção é causada por uma substância tóxica do bacilo tetânico, que pode invadir o organismo da criança pelo coto do cordão umbilical. A infecção atinge o sistema nervoso do bebê. Dessa maneira, a criança terá dificuldades para mamar, e apresentar contrações e espasmos. Há risco de morte.
Na terceira idade, as pessoas também precisam de certos cuidados especiais. Isso porque a saúde dos idosos acaba ficando mais frágil. Para eles, há vacinas específicas também.
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